Inspiração do passado: Rita Lee

"Eu sempre tive um pezinho no feminismo, acredito que toda mulher deveria ter uma ovelhinha feminista dentro de si." Rita Lee Jones

Rita Lee, pra mim, foi e é uma das maiores cantoras e compositoras brasileiras de todos os tempos, conhecida por sua personalidade irreverente e suas letras provocadoras. Em sua autobiografia, que eu usei aqui como fonte, ela conta a história de sua vida desde a infância até os dias atuais, revelando detalhes íntimos e curiosidades sobre sua carreira e sua vida pessoal. O livro é repleto de relatos emocionantes e citações inspiradoras, nos transportando para a mente criativa e inquieta dessa artista singular, mente que eu tanto admiro.

Nascida em São Paulo, em 1947, Rita cresceu em uma família de classe média alta e desde cedo mostrou talento para a música. Aos 16 anos, formou sua primeira banda, Os Mutantes, ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Com um som inovador que misturava rock, psicodelia e influências brasileiras, se tornaram rapidamente um dos grupos mais importantes da música brasileira. Em suas próprias palavras, ela relembra: "O rock me pegou quando eu era uma menina tímida e solitária, e nunca mais me largou."

Em seu livro, ela fala sobre os anos dourados dos Mutantes, quando a banda se apresentava para grandes plateias e fazia shows memoráveis, se tornando uma das bandas mais influentes da história da música brasileira. Ela também fala sobre sua relação conturbada com os outros membros da banda, especialmente com Arnaldo Baptista, com quem foi casada por alguns anos.

Depois de deixar a banda, Rita Lee iniciou uma carreira solo de grande sucesso, lançando álbuns que misturavam rock, pop e música brasileira. Em seu livro, ela fala sobre os desafios de ser uma artista solo e sobre as pressões da indústria fonográfica. Ao falar sobre sua carreira solo, aborda as pressões da indústria e sua busca constante por liberdade artística. Ela confessa: "Eu não queria ser a Rita Lee da gravadora, queria ser a Rita Lee que não tem fronteiras."

Rita Lee também aborda em seu livro temas polêmicos e de grande sensibilidade, como sua luta contra as drogas e seu envolvimento com o movimento feminista. Ela fala honestamente sobre como o uso de drogas afetou sua vida e sua carreira, e sobre como conseguiu se livrar desse vício.

Além disso, Rita Lee também fala sobre sua vida pessoal, incluindo seu casamento com o músico Roberto de Carvalho, com quem tem um filho, e sua relação com sua filha adotiva, que é fruto de um relacionamento anterior.

Ao longo de sua autobiografia, Rita Lee mostra que é uma artista completa e multifacetada, capaz de abordar temas sérios de forma divertida e irreverente, uma mulher forte, corajosa e autêntica, capaz de enfrentar os desafios da vida com determinação e bom humor. Nos inspira a seguir nossos sonhos e a abraçar nossa individualidade. Como ela mesma declara: "Eu nunca fui normal, nunca quis ser. A anormalidade é meu escudo, minha cura, meu veneno e minha salvação."

Em resumo, o livro de Rita Lee é uma leitura obrigatória para os fãs da cantora e para todos aqueles que desejam conhecer mais sobre a vida e a carreira de uma das maiores artistas da música brasileira. Com sua narrativa cativante e seu estilo único, Rita Lee nos leva a uma viagem emocionante pela sua vida e nos mostra que, mais do que uma cantora, ela foi, é, e vai continuar sendo uma verdadeira personalidade da cultura brasileira. Suas próprias palavras nos levam a refletir sobre o poder da música, a importância da autenticidade e a busca pela liberdade artística. Além deste post eu também tentei homenageá-la da melhor forma que consigo: dançando. Se você não viu ainda corre lá no meu instagram ver o improviso e tap cover que fiz a uma música dela, a qual ela compôs tendo o tap dance como inspiração, tendo sido ela uma amante desse tipo de arte também :)

Bibliografia usada para este post:

- Rita Lee: Uma autobiografia (2016)

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